Provavelmente amanhã respondei aos comentários do post anterior, claro que já os li, e fico contente por haver tantas pessoas capazes de compreender a mensagem que tentei passar. Mas embora ainda tenha muitas postagens variadas nos rascunhos, ou mesmo algumas mais reflexivas, cedi ao meu lado otaku após ter finalizado um anime que só comecei a ver porque estava aborrecida: Tsuritama. E ao contrário do que eu esperava, foi muito bom, e só não entra na minha lista de animes/mangás favoritos porque ela já está completa e não consigo abdicar de anime nenhum {No.6, Durarara, Natsume Yuujinchou, Fullmetal alchemist e Akatsuki no Yona}. Eu adoraria tagarelar já imenso sobre ele na introdução, mas terão de clicar em leia mais para ler tudo o que eu achei ^^ Ah, acreditam que hoje a minha gata (uma delas), tentando beber o leite que estava a aquecer, quase pegava fogo? Aliás, o pêlo ficou mesmo chamuscado, e foi por estar a cheirar a queimado que nós reparamos, mas está ótima agora. São animais tão inconscientes!...
Enredo:
Não se pode apanhar peixes se não se pescar, e não se pode fazer amigos sem se tentar, pelo menos. Yuki viaja para uma ilha e aprende a pescar com duas pessoas que mal conhece - um deles afirmando que é um alienígena. Mas há algo que torna a pesca diferente de qualquer outro passatempo, e talvez aquela sensação tranquila de companheirismo e expectativa esperançosa seja tudo o que Yuki precisa para começar a traçar águas desconhecidas de conexões pessoais. Ou talvez ele e os amigos que fez tenham de salvar o planeta inteiro, e a sua vida mude completamente. Ou talvez nem tanto. Ou talvez um bocadinho...
Personagens:
- Haru» Um auto-proclamado alienígena que tem uma missão a cumprir, envolvendo pesca, e portanto precisa da ajuda de certas pessoas. É muito extrovertido, sincero, alegre e espontâneo, e está sempre disposto a aprender e divertir-se, e enquanto se diverte, diverte as outras pessoas também. Ele basicamente foi contagiar e mudar a cidade, mas não se deixem enganar: apesar de toda essa felicidade, ele sabe agir com seriedade quando é necessário. Algumas pessoas poderão achá-lo irritante, mas dêm-lhe uma oportunidade de mostrar tudo o que vale.
- Yuki» A personagem que mais amadureceu. Ele era um rapaz sem motivação para fazer nada, que mal tinha amigos e ficava nervoso sempre que tinha de se dirigir a alguém, fazendo uma careta horrível. Praticamente foi forçado a aprender a pescar, mas isso expandiu os seus horizontes, deu-lhe algo a que se dedicar (aliás, ele foi mesmo determinado!) e permitiu-lhe conhecer mais pessoas. Aliás, acredito que ele passou a valorizar tanto a sua nova rotina e todos os amigos que fez que lhe é impensável perdê-los.
- Natsuki» No começo eu avaliei-o como uma pessoa séria, cética e até arrogante, só por ser o "príncipe da pesca", mas na verdade, ele até era muito social e gentil. Faz de tudo pela irmã, e terá de superar problemas familiares com o tempo. Conforme vai percebendo que o Haru, o Yuki e até o Yamada são de confiança, passa de professor a um amigo com quem podem contar e que está sempre ali para lhes dar força. Pode ser um bocado resmungão, mas também é muito querido.
- Akira» Passou de um vilão com um turbante e sempre acompanhado de um pato (Tapioca <3) a uma das personagens principais. Foi enviado pela agência secreta "Duck" (sim, pato - longa história >.<) para vigiar o Haru e determinar até que ponto ele era um alienígena perigoso, mas com o passar de tempo, as suas missões de reconhecimento tornaram-se mais do que um simples trabalho. Ele passou a gostar sinceramente de pescar, da cidade, dos amigos que conheceu, e... bah, não posso contar mais nada, seria um grande spoiler.
Opinião:
Um anime que começa sem noção e é extremamente divertido pelo sua simplicidade, mas que, conforme vai avançando, ameaça sufocar-nos de choro. Felizmente, após uma crescente dramática - mas não um drama desadequado - o epílogo retoma o ar engraçado e fofo dos primeiros episódios, algo nostálgico, e embora comentar o ritmo do anime não seja a melhor forma de começar uma resenha, os diferentes momentos ainda estão presentes na minha cabeça, e tive de os comentar. Os traços são algo simplificados, parecendo recortes, e a pintura também, mas não por desleixe - é intencional, e o resultado foi perfeito, pois além das cores intensas se adequarem ao enredo, tudo é bonitinho, atrativo. E os traços são muito bonitos, apesar de tudo, sem terem de ser associados a um único género de anime. Sei que não me estou a explicar bem, mas o que eu quero dizer é que se adequam a todas as cenas possíveis, tanto as mais divertidas, como os momentos slice-of-life, ou o drama. O mesmo para as músicas, e já agora, morri de rir com a opening >.< Mas a dança - a dança de Enoshima - tem um papel mais importante do que parece.
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